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25/04 - Sexta-Feira

Mathias Antlfinger

Parrot Terristories, a multispecies narrative

The first paintings depicting gray parrots date back to the time when the transatlantic slave trade began. African gray parrots came to Europe on the same ships, on the same trade routes, through which companies traded sugar and enslaved people. Today, there are probably more African gray parrots living in human households worldwide than in their countries of origin in the wild. 
The artistic research project Parrot Terristories is a multispecies narrative about how our histories and cultures are intertwined. Drawing on methods of multispecies ethnography - in interviews, images, sounds and installations - we explore the question of what relationships between African gray parrots and humans were and are possible, and what it means today to care for individuals of this species. 
To this end, we are working together with a network of human and non-human researchers - historian Nancy Jacobs from Brown University, anthropologist Vanessa Wijngaarden from the University of Liège, nature guide Nick Byaba from Uganda, curators from the natural history collections in Tervuren and Berlin and our animal companions. The lecture will provide insights into the creation of this large work complex and the exhibition of the same name in collaboration with TA T, Tieranatomisches Theater der Humboldt-Universität Berlin.

Daniel Caballero

Não somos apenas floresta, Também somos campos floridos.

O Cerrado Infinito completa 10 anos, estabelecendo  territórios da vegetação nativa que no passado, permitiu o estabelecimento da cidade de São Paulo. Transgredindo o pensamento monocultural urbano, sua amnésia histórica do lugar que vivemos, e transfigurando o espaço urbano para o selvagem, a obra  afirma a importância de compreendermos outras ecologias, que fora do utilitarismo simplório, são vitais para continuarmos existindo.

 

Yiftah Peled

AMORas Nômades

A conversa é sobre um projeto artístico que envolve AMORa e cuja proposição implica participação, generosidade, relação entre espécies e disponibilidade para migração e nomadismo.

Elaine de Azevedo

Artevismo Alimentar

A palestra vai discutir práticas artísticas participativas e dialógicas que incorporam na sua poética a alimentação e algumas manifestações de ativismo alimentar.

Resumos

28/04 - Segunda-feira

Nivalda Assunção de Araujo

Brasília, cidade espanto: corpo e terra como memória insurgente.

Um corpo em alerta, incursão de espantos em um território assombrado pela modernização. De novo, um trabalho que se forja diante do cotidiano, urbes e ato imaginativo em uma senda que se torna performance e fotografia.  Geosfera e biosfera em uma mirada de temporalidade artística, corpo e terra em simbiose de alteridade, o gesto do contato como território de memória. Corpo e terra como matéria viva de um pacto de aventura vertiginosa de escritura, linguagem como presença de uma mulher em atrito com o processo de urbanização intermitente e elaboração da resistência como passo, rastro e toque de assombro e combate.

Isa Bandeira

Territórios, Tradições e Paisagens Efêmeras

Territórios, Tradições e Paisagens Efêmeras reúne artistas cujas obras exploram identidade, território e materialidade a partir de diferentes perspectivas. Seus trabalhos dialogam com a memória coletiva e o impacto da ação humana sobre o ambiente, resinificando materiais e práticas artísticas.
A relação com a terra e seus desdobramentos aparece de diversas formas: na argila avermelhada que remete à mineração, na cerâmica que carrega saberes ancestrais e nas estruturas efêmeras construídas a partir de materiais precários. Entre tradição e experimentação, os artistas investigam ocupações, paisagens e transformações socioculturais, criando obras que questionam fronteiras, pertencimentos e a maneira como interagimos com o espaço.
Por meio de diferentes suportes e abordagens, a discussão sobre memória e permanência se mantém presente, unindo práticas que, apesar de distintas, compartilham o desejo de compreender e resinificar territórios e experiências

Viga Gordilho

Cartas de Afeto entre Margens Amazônicas

Entre margens amazônicas teci e pintei quarenta e duas Cartas de Afeto, vinte e uma para cada margem. Essa região preciosa pela sua biodiversidade, abrange a área ao redor do rio Amazonas, que é o maior rio do mundo em comprimento e volume de água. A Margem Direita do Amazonas (MDA) cobre as bacias de sete afluentes do Amazonas, já a sua Margem Esquerda (MEA)é banhada por vários afluentes, entre eles o Rio Napo, o Rio Içá e o Rio Negro. 
Estas Cartas são obras em pequenos formatos, de 10 X 10 cm. Na comunicação irei refletir sobre o processo para criação da referida obra. A escolha dos matizes verdes, o tingimento das fibras com folhas tintoriais e seus respectivos mordentes que trazem a texturas das planícies, depressões e planaltos. A obtenção das suas transparências e reflexos nas águas através do tratamento pictórico. Pontuarei as coisas bonitas que encontrei pelos caminhos - lãs, linhas, tecidos, galhos, folhas e cipós e seus simbolismos e carga afetiva.  Apresentarei as Cartas buscando o entrelaçamento   da matéria, da memória e do conceito em suas sete camadas, como os sete mares que recebem as águas fluviais e banham nosso planeta. Trarei aproximações com as obras dos artistas Rosana Paulino, Hugo Fortes e Valeria Scornaienchi, considerando que cada imagem espelha meu contato com o real.  Cada pequena obra como uma impressão, um rastro, um traço visual de um tempo que agora toco, como nos fala Didi-Hubermann, nessas imagens que tangenciam o real. Assim, dedico as Cartas ao rio Amazonas, como proteção, como memória, gênese de civilização, caminho de água e fronteira territorial da América Latina.

Ayrson Heráclito

Ancestralidades Afrodiaspóricas

Siham Issami

Il Bosco Serenissimo: The Inverted Sea-Forest of Venice

The lecture is a presentation of “Il Bosco Serenissimo: the inverted Sea-Forest of Venice” which is a multidisciplinary art project that brings together Architecture, Mathematics, Painting, Oceanography, Botany, Sound, History and Literature. It gives a new perspective on the architectural and cultural heritage that is the entire city of Venice, linking it closely and intrinsically to the sea and the forest, in such a way as to awaken the observer's awareness of the fragile yet primordial balance represented by this symbiosis between architecture and the environment. It awakens the imagination of everyone, whether visitor or resident of the Serenissima, to see the city not only as an architectural wonder, but to see beyond the stones and bridges, beyond the palazzi and monuments, the city as a living organism that feeds from and in turn feeds the lagoon where it lies, the Adriatic from which it was born, and the forest on which it rests in a vital reciprocal association.
This project is an enormous work-in-progress that draws on an extraordinary amount of research ongoing since 2021 carried out intermittently to this day, mainly at the Instituto Universitario di Architectura di Venezia (IUAV), the Archivo di Stato Venezia, the National Library Marciana, the Cini Foundation and the Quierini Stampalia Foundation in Venice.

 

Teresa Almeida

Natureza vítrea

O vidro, enquanto material plástico para a realização artística torna as obras desenvolvidas neste material imprevisíveis e versáteis.

Nesta apresentação é pretendido refletir sobre a problemática do meio ambiente, nos aspetos do aquecimento global, e as suas consequências na natureza que hoje se transforma rapidamente. 

Numa dualidade entre monocromia e policromia de aparência frágil cujo o foco incidiu nos corais, foram produzidas obras com vidro luminescente. Na visualização das obras, é fundamental um olhar isolado nos pormenores que esta possuiu, e também uma visão conjunta em toda a sua forma para a observação dos detalhes nela contidos.

Tendo como inspiração a paisagem marítima e gélida, são apresentados obras que transmitam esta fragilidade atual.

 

Friedrich Weltzien
Nature, Painting and the Aesthetics of Antifascism. The Case of Siqueiros

Vanguard painting during the early 20th century researched the very nature of arts materials. In order to develop painting techniques that represent an authentic image of nature, self organisation of material became an important means of art. The mexican muralist David Alfaro Siqueiros applied a varied set of methods making use of chemical and physical laws of nature. The resulting visual effects where used as a decisive critique of fascist aestetics during the 1930s and 40s. Similar practices where used at the same time within the resistance in Germany and elsewhere. This specific concept of nature and its use within art could provide a helpful source in actual discourses today.

Bu'u Kennedy

Arte e Espiritualidade

Pertencente ao povo Ye’pamahsã, conhecido como Tukano, do Clã Üremirin Sararó – Fátria Patrilinear do povo Ye’pamahsã da Amazônia, Bu’u Kennedy é artista visual e líder espiritual. Integra uma linhagem de praticantes de bahsese, formas de benzimento ancestral, atuando pelo Brasil em missões e projetos voltados para a salvaguarda e promoção de conhecimentos dos povos indígenas, defendendo sua cultura, assim como o meio ambiente. Sua produção artística baseia-se na marchetaria, técnica de justaposição e encaixe de lâminas de madeiras diferentes, que formam paisagens, motivos e símbolos. Em sua obra, Bu’u desenvolve grafismos provenientes da cultura Tukano, revelando-nos o potencial da arte na configuração de conhecimentos sobre a natureza e a ancestralidade. Participou de exposições coletivas, incluindo: Ritos e alegorias da natureza, na Zipper Galeria, em São Paulo (2023); Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, no Museu de Arte Moderna (MAM-SP), em São Paulo (2021); Bienal Continental das Artes Contemporâneas Indígenas, em São Paulo (2011). Em 2009, realizou sua primeira exposição individual intitulada, Artes Indígenas do Amazonas, na Casa da Cultura, em Itaguaí. Possui obras nos acervos do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, Brasil; e em instituições na China, Alemanha e França.

Tamikuã Txihi

Eliete Pereira

Conexões ancestrais: arte, natureza e povos indígenas no Brasil

Nesta apresentação, analisaremos as conexões entre arte, natureza e povos originários a partir de uma ecologia da comunicação e suas relações com a arte indígena contemporânea no Brasil, no contexto da emergência climática.

29/04 - Terça-feira

Sylvia Werneck

Água na poética de três artistas brasileiros; Hugo Fortes, Néle Azevedo e Sonia Guggisberg

A emergência climática é tema de discussão em diversos campos do conhecimento, dada a abrangência de suas consequências. No Brasil, um país com uma costa marinha extensa e uma gigantesca rede de rios em seu território, a água é de importância central. A palestra abordará a produção de três artistas brasileiros para os quais a água é tema recorrente: Hugo Fortes, Néle Azevedo e Sonia Guggisberg.

Rubens de Andrade

Arte e paisagem: princípios teóricos, experimentações pedagógicas e a potência das artes visuais em suas interconexões no cotidiano urban

A experiência estética da paisagem é um processo que assume múltiplas manifestações no ambiente e invariavelmente se mostram presentes na fruição de sentidos,  na visualidade de nossos cotidianos como também no aspecto político em que a sociedade está imersa. Diante disso é necessário que a paisagem seja explorada em suas distintas dimensões que a compõem, considerando suas características morfológicas, as relações que nela  se fazem presentes; sua diversidade de simbólica, sem ignorar a assimilação de seus usos e sentidos, bem como a busca julgamentos sobre os mecanismos no ambiente habitado que promove em grande medida uma abordagem holística e interdisciplinar. Cada um desses aspectos enfatiza a relevância da educação em particular de práticas pedagógicas na formação de uma compreensão profunda e contextualizada da relação entre o ser humano e o ambiente. Por tratar-se de um produto humano, fato da cultura, a paisagem traz impressa em si tudo que a constitui: costumes sociais, rituais e significados simbólicos referente ao que a sociedade a produziu, portanto, apresenta um forte componente ideológico, que pode em perspectiva ser analisado a partir de sua formulação, como também na apropriação pela sociedade. Ela adquire, assim, uma conotação de valores e princípios que continuam a indicar na polis contemporânea um interesse contínuo para o debate público sobre as dimensões, limites, possibilidades e fluxos entre sociedade e natureza. Diante de  tal premissa, situo uma reflexão referenciada na disciplina de Arte e Paisagem que pertence ao elenco de matérias obrigatórias do curso de História da Arte da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo como objetivo explorar no tempo-espaço e dentro de uma perspectiva histórica as interações entre arte, natureza e cultura. O interesse é analisar as interseções entre arte e paisagem, tanto em aspectos ideológicos quanto no contexto das artes visuais, tendo como retaguarda teórica o campo epistemológico dos  estudos da paisagem. Nesse sentido, refletir sobre tais questões junto aos graduandos de História da Arte, tem como objetivo compreender em que medida a discussão teórica os incentiva a pensar sobre os conceitos das artes visuais em relação às suas manifestações na paisagem. Além disso, importa destacar aspectos relacionados à produção da cultura material e imaterial no ambiente construído. Portanto, essa proposta busca  estabelecer uma relação entre a ideologia e as formas que amparam um conjunto de interpretações que deem conta de um tempo no qual a representação da arte na paisagem não diz respeito apenas ao binômio arte e natureza, mas  também. as formas como a sociedade assimila  e  usufrui dessas manifestações  artísticas.
 

Fernando Augusto dos Santos Neto

Paisagem Continuada

Paisagem continuada é um texto que trata de uma relação continuada com a paisagem em desenho, textos, caminhadas.  Através de anotações, fotografias, desenhos o autor redescobre a paisagem que viveu na infãncia, mas que julgava perdida ao intensificar suas atividades na cidade grande.  Então estabalece uma nova relação com a natureza, propondo-se a estar mais tempo com ela, transportanto-a para o jardim do seu atelier, envolvendo os vizinhos no cuidado do jardim público e criando desenhos que podem ser colocado um ao lado do outro, criando paisagens nascidas tanto de viagens a grandes florestas, como de passeios em parques ou observações do jardim.

Giselle Beiguelman

Darlene Farris LaBar

​Morphic Codes of Earthly Gardens

This project explores the intersection of natural intelligence and digital fabrication, focusing on how evolving technologies can reinterpret and preserve the intricate design language of botanical forms. My 3D-printed floral and seed sculptures emerge from a process of scanning, modeling, and printing. These methods allow for an intensified expression of detail, structure, and complexity.

At the heart of this work is a recognition that nature is governed by an underlying intelligence—a system of hidden patterns and organizing principles that shape and sustain the beauty and structure of the natural world. Over millennia, plants have evolved adaptive strategies and purposeful responses to environmental conditions. These morphologies function as a kind of silent language, communicated through form, rhythm, and recurring elements that help convey a sense of order, continuity, or emphasis.

As an artist, I engage with this language by decoding the structure and intention embedded in natural forms and re-expressing them through digital tools and sculptural methods. This project reflects on the convergence of the ephemeral and the engineered, the organic and the computational. 3D printing and other emerging technologies become a way of extending nature’s logic into a new material vocabulary, offering a means to preserve, honor, and evolve its complexity.

Visual documentation of both process and finished works accompanies a broader inquiry into how I engage with natural and technological systems to explore form, emotion, and material intelligence. This research suggests that behind the visible beauty of plants and landscapes lies a deeper order and a set of morphic codes through which life continually expresses itself.
 

Lilian Amaral

Sandra Rey

Massimo di Felice

Da natureza para a arte: pensar a ação e a criatividade em.contextos de emergências climaticas e de redes generativas

Se o mundo greco parece oscilar entre um conceito de arte como verdade e um conceito de arte como mentira, enquanto imitação da natureza, no mundo romano a arte situa-se além da oposição entre verdadeiro e falso, original e cópia. O termo “ars” em latim indica não somente a atividade do artista, mas também as habilidades técnicas em geral e a capacidade de co-criação do artista com os materiais.

A partir da apresentação do debate crítico sobre o conceito de antropoceno a exposição apresentará os pressupostos teóricos para descrever a arte, no seu sentido latino, como uma prática nem natural nem artificial, mas como uma forma habitativa ecológica e simpoietica (D. Haraway), capaz de declinar um mundo sem sujeito nem objeto.

A palestra apresentará, em diálogo com o advento   de estéticas e obras produzidas por tecnologias “astensivas” (Accoto 2024) as formas inventivas de entidades nem organica, nem inorganica,  expressao nao de uma intervenção humana sobre a natureza ou um objeto mas resultados de processos criativos entre personas, materiais, tecnologias, e materiais orgânicos. Como no processo cognitivo construído em diálogo com os agentes generativos (Deep research, chat gpt 5, deepseek etc) a arte contemporânea mas que um âmbito de produção de obras se configura como uma ecologia trans-orgânica e como a experimentação de um habitar ecológico e conectado.

 

Hugo Fortes
 

Jochen Volz

O pensamento ecológico

30/04 - Quarta Feira

Dália Rosenthal

Trans-territórios: entre criar e ensinar 

Partilha de olhares para processos de criação em artes visuais na formação e atuação do artista professor em diálogo com a transdisciplinaridade e o território inserido. 

Stela Barbieri

Biomas como ateliê 

Vou partilhar a experiência do curso Biomas como ateliê,  curso de longa duração que oferecemos no binåh espaço de arte.
O curso é uma imersão nos Biomas brasileiros em uma abordagem transdisciplinar, que aproxima as linguagens da arte e da ciência e suas possibilidades de invenção e aprendizagem em diferentes contextos, das escolas às instituições culturais. Um curso para quem lida com todas as idades, das crianças bem pequenas, que lidam com as linguagens da arte e da ciência de maneira brincante, aos jovens e adultos em seus processos de investigação e pesquisa.

Anderson Santos

Filosofia das plantas

A primeira experiência com o mundo vegetal, para muitas pessoas, geralmente acontece na infância, ao plantar um feijão no algodão. Esse experimento simples nos ensina sobre crescimento, tempo e cuidado. No entanto, vivemos em uma sociedade urbana, afastada do cultivo e das florestas, o que gera um déficit de natureza que impacta diretamente na criatividade e em nosso senso de pertencimento ao mundo natural. 

Saber sobre plantas e pensar sobre elas é uma forma de conhecer a história humana e um jeito de ampliar a percepção artística de plástica de qualquer pessoa. Filosofia das plantas nos convida a pensar: Quais são as reflexões que temos no dia a dia sobre plantas? Como o conhecimento sobre os vegetais pode dar novos referenciais para a vida humana? Compreender os processos biológicos das plantas nos conecta à vida em sua essência, permitindo que a arte vá além da estética e se torne um diálogo profundo com a natureza.

Daniela Kern

Notas sobre o engajamento artístico na defesa da natureza ou lendo Les amis de la nature (1859), de Jules Champfleury, em meio às mudanças climáticas.

O crítico de arte e escritor francês Jules Champfleury (1821-1889) é sempre associado à defesa do Realismo na França de meados do século XIX. Além disso, costuma ser lembrado por sua alentada história da caricatura. No entanto, deixou como legado um grande número de livros, ficcionais ou não, que tratam de arte popular, porcelana, teatro de bonecos, o que por si só já demonstra a amplitude de seus interesses. Para a presente fala interessa destacar a sua novela intitulada Les amis de la nature (1859), que gira em torno de um processo movido contra o burguês Gorenflot, acusado de tratar a floresta pública de Grateloup como seu jardim privado. Uma testemunha do caso é o filósofo Bigle, que frequenta os Amis de la nature, um grupo de artistas boêmios que se encontra em uma brasserie e que cultua a natureza predominantemente à distância. Se na França da década de 1850 tal novela propõe uma leitura algo cômica para o tema da obsessão de artistas com o culto à natureza, as mudanças climáticas duramente vividas na contemporaneidade convidam a que lancemos nova luz sobre esta obra, que toca, mesmo que em chave irônica, em temas sensíveis, como a privatização de espaços naturais públicos, e, sobretudo, o posicionamento dos artistas com relação à defesa da conservação de ambientes naturais.

Daniela Franco

Narrativas, arte e ecofeminismos em enfrentamentos ao antropoceno

Uma palestra-espaço de produção de sentidos a partir da constituição de narrativas a partir da temática do antropoceno e dos ecofeminismos, a partir das obras de arte contemporânea de mulheres brasileiras. A metodologia da pesquisa narrativa compõe o corpo das experiências vividas na fruição da produção artística. Discuto o protagonismo feminino como força movente de vida e da urgência de nos aproximarmos, empaticamente, de outros seres que compõem o mundo conosco, em compromissos respeitosos e no desejo de adiarmos o fim do mundo.

Leandro Belinaso

Expedições

O ensaio abre uma conversa sobre a relação entre a escrita, o corpo e a paisagem. A partir da criação de um narrador-viajante, expedições realizadas a lugares improváveis deságuam no texto. Na busca pelos vestígios e rastros de uma ausência, de alguém ou de algo, quais paisagens são compostas por um corpo escrevente disponível e em viagem? Sob inspiração de um conjunto de textos ficcionais contemporâneos e da arte escultural de Richard Serra, o ensaio tateia questões relativas à vida infraordinária que se apresenta diante de nós no decorrer de um deslocamento subjetivo e espacial.

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